Drummond já perguntava a seu Deus, em um perdido dia do século passado, pra quê que existia tanta perna neste mundo, meu Deus, pra que tanta perna, pernas brancas pretas & amarelas?
Deve ter sido um daqueles ângulos inusitados que a gente descobre quando resolve subir no banco pra tirar uma foto, ou quando de repente o nível de um piso acima fica reto na linha dos olhos e a gente depara um mar de sapatos passeando.
Às vezes eu fico olhando as criaturas e brincando de Sherlock Holmes. Li numa história que ele viu calos nos pulsos de uma moça, fitou seu nariz e olhos e já foi adivinhando, qual uma bruxa morena da Andaluzia, que ela era secretária, mãe, precisava usar óculos mas não usava por se achar feia com eles etc...
Então eu vejo que uma menina muito linda e arrumadinha segura um relatório de estágio de uma faculdade de engenharia elétrica; um senhor de roupa esfarrapada lê céline na fila do sus; minha colega que gasta sua beleza trabalhando numa loja de departamentos anuncia que em 15 dias será fotógrafa em Portugal.
Essas surpresas que arrebatam a ordem hermética dos meus pensamentos são o máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo do máximo.
quinta-feira, julho 23, 2009
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4 comentários:
é verdade: se olhar bem a gente vê muita coisa. Ou não!!!
Muito Bom!
joana,
tem pernas, personagens, em todo lugar.
abração
os detalhes me gritam.
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