terça-feira, maio 19, 2009

O dia em que pokemon rimou c'umbanda

Lembrei, na semana que passou, de um curta-metragem que eu levei mais de um ano perseguindo e não consegui encontrar. Disfunção narcotizante, diria meu professor: como o excesso de informação às vezes atrapalha. O oráculo google não tinha a resposta, ou tinha respostas demais. Como procurar? Existe toda uma técnica com palavras-chave. As minhas não funcionavam. E Yansã, de Carlos Eduardo Nogueira, continuava perdido na espúria biblioteca de babel, mesmo sendo um filme do tipo que precisa ser visto por todas as pessoas legais do mundo.

(Falando nisso, falei para alguém essa semana a idéia que passou pela minha cabeça. Sabe quando a gente descobre o poema mais lindo do mundo, o filme mais incrível, a canção definitiva? Como é engraçado sair desembestado tentando fazer os amigos escutar elas. Como se o segundo de graça que nos fez escutar com aqueles ouvidos, ver com aqueles olhos, estivesse à toa, assim, solto no ar, pra qualquer um e a qualquer hora)

Yansã ou Iansã foi projetado no Teatro Castro Alves em uma data perdida de 2007, antes da exibição do grande Baixio das Bestas, de Cláudio Assis. Que Cláudio me perdoe (inclusive, trocamos umas palavras depois do filme sobre seu cumpadi e meu amado Xico), mas naquela noite faltaram olhos para Baixios. Só pude pensar numa sequência de manga, no mais futurista Japão, com narração da história original da senhora dos raios.

Aí, como eu dizia, eu quis procurar esse filme e me lembrei do Porta-curtas da Petrobrás. Um site que tem muitos vídeos legais, inclusive Yansã. Coloquei porta curtas e yansã como palavras-chave e tchan, lá estava ele. O quarto onde eu estava tinha gente demais, mas todo mundo, milagrosamente, se sentou e assitiu ao filme. E olha que a gente estava fazendo festa lá em casa. Momento raro de segundos de graça coletivos.

6 comentários:

Paulo Bono disse...

Joana.
Esses momentos são foda.
Encontrei o livro definitivo há alguns anos: Misto Quente, do velho safado Charles Bukowski.
Na verdade, até o Espalitando Dente só existe por causa desse livro.

grande abraço.

*Não tô pela cidade na quinta. Fica pra próxima, essa menina.
E quanto ao texto definitivo?
Valeu, você é sensacional.
Mas se ainda não o fez, experimente um pouco do velho Buk

Dinda disse...

É a semana dos encontros.Encontrei um livro do Bataille no site da Travessa que há muito procurava.É uma sensação interessante.

Jô, você já pode exibir curtas no seu blog. Visite a pagina do PORTA CURTAS PETROBRÁS.
bEIJO

caio carmacho disse...

um lux luxo esse blogue beibi. tá de parabéns.

e antes cedo do que sempre, valeu mesmo pelo comentário. voltarei com mais assiduidade com certeza.

beijos e raios!

Illa Benício disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Illa Benício disse...

Jojô , minha flor ,você como sempre com esse seu feeling Escorpiano , cravo e canela , peculiar de escrever que me anima e me renova a cada leitura , assim como em novas conversas gargalhantes...Estou acompanhando seu blog com muito prazer e entusiasmo (muitas vezes até ansiedade!), esperei esse novo post....uh! Tanto tempo.!!! rs

Acredito que posso te ajudar nessa empreitada...Quem organiza o festival de cinema do Castro Alves é Laura Berzerra , amiga de minha mãe há 20 anos..! Inclusive você a conheceu..! É possivel que ela tenha os arquivos guardados com os filmes exibidos...Podemos tentar ligar pra ela e tal...Para quando é?

Obs: Esse filme , Yansã , tem um brilho diferente mesmo , aquela coisa mangá -futurista miisturada com as tradições...adorei..! A exibição daquele dia valeu por ele , foi melhor que o próprio baixio , analizando cada um com suas devidas proporcionalidades ,,, "Cinema Hiper-realista-potencializado" ,,, xiiii..!
Precisamos rever onde depositamos a emoção do momento..rsrs

joana disse...

Illa, minha flor, acho que eu não me fiz entender nesse texto: na verdade, eu acabei encontrando o vídeo na internet! Ele está no porta-curtas, dessa vez com a voz maravilhosa de Paaaaaulo José