terça-feira, setembro 11, 2007

É chegada a Despedida

Esperei muito pelo dia de hoje. Não com a agonia de quem risca as folhinhas do calendário, mas com igual intensidade e bastante imaginação.
Venho tentando assistir Despedida em Las Vegas há muito tempo. Parei de contar as vezes em que percorri locadoras em busca desse filme. Nas pequenas, nem rastro dele. Nas duas maiores da cidade, nada. Uma delas chegou a ter, em VHS, único exemplar, mas algum desalmado alugou e perdeu, estragou ou se deu de presente.
A primeira fagulha de vontade foi disparada por meu pai. “Você nunca assistiu a esse filme?!”, perguntava ele, forjando decepção – hoje entendo o propósito, para me preocupar, como se fosse um absurdo eu não ter assistido a algum filme aos 13 anos de idade.
A segunda foi durante a fala de um rapaz numa das muitas situações inesperadas que, quem me conhece sabe, só acontecem comigo.
Eu treinava judô há pouco tempo e a euforia dessa novidade ainda me fazia acordar cedo, me alimentar direito e treinar com o gás e a paixão de uma competidora.
Em visita a uma academia amiga, conheci um judoca viajante, vindo nem lembro mais de onde, que acabava de chegar a Salvador e não conhecia ninguém. Conversando depois do treino prometi, solícita, que o levaria à noite para comer num bom lugar.
A conversa no restaurante foi inofensiva, aos navegantes que imaginaram luz de velas e um bote do malandro lutador. Mas surgiu o papo sobre o amor e, diante da crueza de minhas declarações adolescentes, de quem nunca tinha vivido isso – ainda suponho que não vivi e na época sequer tinha tido um namorado -, ele perguntou se eu havia visto Despedida em Las Vegas.
- Meu pai já me falou desse filme.
- Menina, quando você assisti-lo, não vai precisar que mais ninguém tente te dizer o que é o amor.
Uau.
Agora o tenho nas mãos... Acabei de alugar e contei alegremente minha sina a todos com quem trombei na gigantesca megastore: “Você não sabe quanto tempo procurei por isto!”. Gosto de contar minhas historinhas e acho que eles gostaram de me ouvir.

5 comentários:

Anônimo disse...

A música é linda!!!
Depois de assistir, comente

“...cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!”
Saudades

Paulo Bono disse...

porra, Joana.
tb não vi esse filme.
fiquei com vontade.
grande abraço

Anônimo disse...

Gostou do filme mulher?
De fuder, não?

Padre Alfredo disse...

já fiquei interessado.

Anônimo disse...

Resenha sobre o filme por favor. (tudo bem que é muito mais bacana, interessante e blá, blá, blá vê-lo com meus próprios olhos [hehehe] porém Joj´s... faz isso!

A propósito, passei por algo semelhante com 'O amor nos tempos do colera' . Putz, parafraseando seu amigo judoca: 'quando você le-lo, não vai precisar que mais ninguém tente te dizer o que é o amor.'