segunda-feira, novembro 27, 2006


Dos sonhos que eu tenho, o que mais mudaria minha vida se aproxima do seguinte: imagino que eu seria uma máquina de armazenar e relacionar informações. Ah, se eu lembrasse de tudo o que eu vi e ouvi até hoje! Todas as aulas que eu tomei... Tudo o que eu escutei e pensei: "tenho que lembrar disto". Acho que lembro de uns 10% apenas. Um professor me disse uma vez que o cérebro humano é capaz de armazenar cada letrinha de cada livro que a gente lê na vida. E lógico, tudo o mais. Eu, guria, lembrei do livro grossão "Mundo de Sofia: "póoooorra...!"
Que desperdício, né? De que adianta um telencéfalo altamente desenvolvido se a oferta não corresponde à demanda...

Fazendo um despretensioso "close" nos detalhes interessantes da minha vida cotidiana, resolvi criar um espaço para despejar informações e para treinar a escrita, que em breve passará a ser um hábito necessário. Só isso. Quero comentários. Todos: críticas, sugestões, informações, revoluções, perturbações...

30 comentários:

Anônimo disse...

e essa demanda... vai aumentar quando? ?

Anônimo disse...

Os dedos Nas ...teclas do computador... que tal armazenar sensações? Por isso digo "dancem macacos dancem!" por que só ñ se pode perder o rebolado!

Anônimo disse...

interessante.. Gostei do ponto que você focou.. mundo de sofia.. armazenamento de dados...bla bla bla bla....mas sabe joana.. cheguei a uma conclusão..meu cerebro tem vida própria..ele so gosta de gravar informações desnecessárias como data e horário das novelas que assistia quando criança.. episodios da jaspion... Xuxa.. Angelica na Manchete... Enfim.. ele n se dá ao valor, cmo foi citado o MUNDO DE SOFIA.. tentei me lembrar de fatos do livro..en me veio um a cabeça...formulas de fisica.. matemática...poemas de Vinícius de Moraes... é horrivel sabe.....
BJU!

Anônimo disse...

denise:

o que precisa aumentar é a oferta, que está escassa! rs
beijos!

artista:

armazenar sensações é importante, mas menos "esquecível", não acha? as táteis, pelo menos. "dancem macacos dancem": eles certamente não perderão o rebolado.
salut!

vinícius:

meu caro, o fato de o seu cérebro priorizar as informações que você chama desnecessárias não o classifica como diferente dos demais.
tentando lembrar de fatos do livro, eu também me embolo nas fórmulas físicas e em outras cositas más...
fique sabendo da relatividade de uma coisa: pra você pode ser inútil, mas para esta que vos fala seria delicioso lembrar um pouquinho dos episódios de jaspion.
eu certamente assisti demais, lembro apenas de um médico chamado "dr. pato" desenhando um jaspion num caderno que eu levava pra cima e pra baixo, naquele tempo. e eu adorei!
beijos!

Anônimo disse...

1- Dr. Pato....
isso eh nome d gente?
2- Desenhar primo de jaspion no caderno de uma menina? PQ n desenhou a irmã mais nova da MORANGUINHO?
3 - o cara desenha o primo do jaspion com dois traçinho e bolinha.......
Espero que vc tenha lembranças desse dia...de antes .. depois e durante a ocasião em q ele te desenhava o PRIMO DO jaspion..!
Questiono os frequentadores do la vie en rose:
DR pato era ou é:
1 - DEMENTE?
2 - Uma criança que usava pernas de madeira atrás de um jaleco?
3 - PROXENETA SERVANDIJA?

Anônimo disse...

crê dê lê vê
essa ai é alguma regra gramtical que ouvi numa das minhas longas aulas de portugues... q loucura não esqueço essa porra nunca... e o pior é q nem lembro q regra é essa, rsrsrsr

lindo blog irmã... verde, adoro!
bjo

Anônimo disse...

Papo sobre memória, lembrei de uma coisa. E olha que minha memória é difusa sobre o que aconteceu no passado, vivo muito no futuro. O presente atravesso... Lembro do impacto de ter visto pela primeira vez, com os olhos destreinados da crítica e da técnica, o filme que me revelou o cinema. E que apesar de toda a frescura intelectual com que é tratado, nada mais é do que uma apaixonante boa estória muito bem contada por um grande contador de estórias, Orson Welles. O filme, Cidadão Kane pulsou forte e pude entender, mesmo sem entender de cinema, o impacto da sua linguagem modernizadora, dos ângulos de cãmera sofisticados, da perspectiva de campo revolucionária, da carga simbólica que ele representaria a partir do seu lançamento para toda a história do cinema. Apenas uma coisa de que me lembro. E que escrevo para servir de estímulo a Joana, a mais nova blogueira, em quem sempre depositei esperanças na escrita. O blog já é massa!

Anônimo disse...

nem me preocupo mais...

ha algum tempo aprendi que a nossa memoria reconstroi cenarios das experiencias vividas sem qualquer fidelidade aos fatos passados [se todo mundo tem memoria seletiva...].

entao descobri que se eu tivesse capacidade memorial de acesso irrestrito para relembrar com fidelidadde das palavras que li em "o erro de descartes", jamais teria superado minha crise existencial "startada" a partir do pensamento cartesiano.

ah! os franceses... doceis, dissimulados e afins, a fio e sem fim. ai de mim...

ps: seu texto estimulou minha memoria. foi bom relembrar como era bom digitar na epoca do msdos/ibm, onde acentos e letras maiusculas eram descartaveis. [oh epoca boa da porra!]

'failure system'

um cheiro no cabelo, nega-branca!
ra dee foo!

http://www.fotolog.com/earli

Anônimo disse...

joão vinícius:

considerando o público-alvo, "dr. pato" fica um excelente apelido para um médico que cuida de crianças, em especial as endiabradas e que iam sofrer dores tenebrosas nas consultas como eu.
dr. pato é ou era otorrino, e eu ia lá para tratar as minhas então freqüentes dores de ouvido. o tratamento: finos e velozes esguichos de água quente direto no meu tímpano.

e ele não deve ter desenhado a irmã da moranguinho porque certamente já sentia o tino “ogro” que brotava do meu pequenino ser!
beijos!

júlia:

crê dê lê vê: fiquei na curiosidade! não consigo lembrar de nada parecido... que interessante! quem souber, favor postar.

chico:

sinto frequentemente o que você descreveu: os filmes, os livros, a arte em geral me toca e eu, crua em qualquer conhecimento, fico sem saber o que fazer com aquilo em mim. me lembrou de um fato: na infância (arrisco a idade: talvez com uns cinco anos), lembro que assistia apaixonada a uma vinheta da globo em que um cara, acho que vestido de carlitos, dançava com um globo gigante ao som de “querida”, de tom jobim.
fic me perguntando que jogo de conceitos poderia despertar em mim essa charmosa nostalgia não-sei-do-quê que eu sentia! eu achava aquilo tão lindo e... nostálgico é essa a palavra.


elio:

concordo com você, e por isso tenho desconfiado bastante do que eu acho que eu lembro. às vezes a memória recente prega peças incríveis nas nossas lembranças e a gente não tem como saber. afinal, é só a nossa memória que pode contar a história, e sempre sobre o seu próprio panorama, não é verdade?
pode ser, realmente, que seja melhor mesmo termos certas lembranças ‘descart’áveis... rs
beijo!

Anônimo disse...

Queria ter lembranças da infância. As vezes sinto uma falta da zorra de algumas partes importantes da minha vida que deixei por aí. Tento me lembrar de como eu era. O que falava, o que sentia, como agia, se tinha medo do escuro, se gostava de tomar chuva, se trovoada me fazia correr pra debaixo da cama, se zoava os colegas, se olhava pras calcinhas das meninas, mas tudo o que me lembro é do futebol, de brincar no quintal, de inventar coisas malucas, de ler e de montar bicicleta. Memória é um trem escroto, né mesmo...

Anônimo disse...

já que todo mundo tá contando sua experiência, vou fazê-lo também...
tem uma coisa que eu sempre lembro, mas ninguém acredita!
sempre tive medo de dormir sozinha, e todos os dias de noite eu chorava pra meu pai ir me pegar...
lembro-me, no berço, em pé, olhando para o quarto escuro e chorando para que ele fosse me pegar para dormir ao lado dele e de minha mãe. lembro-me também de calçar scarpins, um pouco mais velha, segurando um lp da XuXa.
fora a mochila da moranguinho, os lindos desenhos da professora de recorte-e-colagem, etc :p

me sinto verdadeiramente impotente de lembrar tão pouca coisa, de usar uma porcentagem tão pequena de meu cérebro... somos tão pequenos, não? bem menores do que pensamos, e isso é muito triste. e só de pensar que surgiu no século passado um sacana de um gênio que inventou a teoria da relatividade, e usou uma porcentagem maior do cérebro que nós - pobre mortais - é foda.

enfim, depois falo mais...
e vou viver no f5 aqui na sua página. tá nos favoritos.
aposto que irá vim muito coisa boa, e me proporcionará sensações óóótimas...

beijos, meu amor!
(concordo com júlia, o verdinho tá liiiindo.)

Anônimo disse...

Apesar de falhar por causa da ação do tempo e de algumas práticas pouco saudáveis, minha memória ainda é continua muito boa. Tenho lembranças de certos detalhes da minha infância que deixam até minha mãe boquiaberta.
Com exceção de números e datas, o meu baú de recordações guarda bastante coisa. São cheiros, gostos, frases notáveis e descartáveis, cenas cotidianas, e toda a sorte de dèja vu que se pode imaginar.
Jojo, adorei a iniciativa! Você vai ver que escrever é um verdadeiro bálsamo na vida de uma pessoa. Faz bem pra cabeça e pra alma. E agora, mais do que nunca, chegou a tua vez.

Grande beijo,
Marcelo.


PS: Quero ver títulos nos próximos posts, hein?

Anônimo disse...

Oi, Jô. Que bonita escolha de nome de blog, adorei. Bem, voce pediu sugestões, deixa dar uma de cara: resista ao máximo à tentativa de falar mal(tal qual insinuado no teu post) de voce em blog que eu leio - e o teu eu vou ler - porque se não vai ter briga. Deixa dar uma sugestão musical? Tudo a ver com memória. "No Cordão da Saideira", de e com o Edu Lobo. Beijo e parabéns.

Thiago disse...

bom começo!

Anônimo disse...

chico:

achei que era só comigo, isso de não lembrar de quase nada e sentir falta mesmo. tem umas sensações que vêm de repente e que eu não sei explicar, algo como um déjà vu elaborado, que eu posso confundir com partes remotas de minha memória. mas, como saberei? engraçado também os fatos isolados e sem importância que a memória seleciona. lembro que quando eu era pequena perguntei a minha mãe e a calixto, um amigo dela, o que era orgulho e os dois riram, porque é difícil explicar. e tentaram, em vão... só fui aprender agora, mas ainda não aprendi a explicar!

ana:

que lindinha, dançando a música da xuxa com o scarpin da mãe... rs
e eu, que lembro de estar em meu quarto com lígia, provavelmente chorando ou fazendo alguma manha, quando chegou lúcia, nossa babá e jogou nossas chupetas pela janela! imagine, eu usava bico! e esqueço o que fiz ontem...
sabia que os japoneses também usam uma porcentagem maior do cérebro do que nós ocidentais? também, com um alfabeto de não sei quantos mil ideogramas!

marcelo:

sinto que a minha memória olfativa é uma das melhores. tem alguns cheiros que me remetem imediatamente à épocas específicas, e às vezes é um sabonete, um travesseiro... tem um rexona que me lembra um ex e que eu tenho horror ao cheiro! e era eu que usava. um amigo meu uma vez me deu o violão dele para eu cheirar, e eu disse: “nany!”. tinha ficado uma semana na casa dela, e ela tem o cheiro mais inconfundível do planeta.

mauro:

gostou, querido? pois saiba que eu obviamente pensei em você na confecção desse blog. claro, afinal, onde foi que a gente se conheceu? e não se preocupe, sua amiga fala mal de si, mas na camaradagem.
beijos!

flocos:

gracias, mi cariño.

Anônimo disse...

...ótima idéia....
mas acredite... vai ser bem mais útil para mim....rs
só assim podere ler seus textos sem vc do meu lado indicando todos os erros... Ai!!! e como a moça e como a 'taquígrafa' escreve bem (um 'bem' profundo...um 'bem' uterino)... Na verdade essas ninfas 'chico-pintianas' vazam muito bem as suas sentimentalidades....
Amei Jo... (pq amo vc!!)

Anônimo disse...

ipiri piri... taí gostei!! bjo jo jo jo jo jo jo

Anônimo disse...

Uma enorme curiosidade que eu tenho sobre minhas memórias é entender pq lembro de situações ridículas da minha infÂncia,de quando era muito pequena mesmo.Já que dizem por aí que a gente só lembra daquilo que foi um fato marcante,ou até mesmo necessário para a formulação da nossa personalidade...não sei!Tenho duvidas!Não vejo nada de especial nesses "curtas" que eu lembro,mas também não entendo pq me restam essas imagens formadas da minha infância!Precisamos de piscólogos comentando neste blog!

Anônimo disse...

Primeira lembrança da infancia:

parque da cidade, roda gigante, sorvete de morango com taboca e o papai...

sei qnts anos eu tinha não será q ele lembra???


Joana:

Ursinho Bilú e o Carretel da Tia Íria, disco do saltimbancos tocando no repeat trilhões de vezes... ahhhhhhhhh, passeios com carrinhos de bebê grudados (afinal eram gêmeas) na vila militar...

e a gente assistia jaspion sim, com tampão em um dos zoinhos zarolhos...

Anônimo disse...

os comentários estão tomando uma importância maior que o próprio "post" do blog. hehehe.
pelo que vi, não só eu e Joana temos esse problema. é frustrante fazer uma porra de uma prova de vestibular e ler uma questão que você tem CERTEZA que se sua memória condizesse com tudo já visto e estudado antes, saberia a resposta, mas como isso não acontece, acaba marcando a letra errada ou tendo que enrolar naquelas linhas dadas.
porra!
tem vezes que ponho culpa na cannabis, mas depois do seu depoimento, jojô, aliviei o lado da minha amiga de quem ando tão distante... (salvei sua vida, hein? hahahaha)
beijos nega.
vou ver se viro leitora assídua de seu blog! e escritora assídua de sua cotada lista de comentários! (de minha parte quase devaneios...)

Anônimo disse...

errata: "condissesse"

Anônimo disse...

ihh... era eu, não um anônimo!

Alessandra Alves disse...

joana, eis-me aqui, feliz da vida de comentar no seu novo espaço.

feliz e cheia de orgulho e responsabilidade, ao me saber inspiradora da criação deste blog...

belíssimo mote para começar!

como testemunho, tenho a sorte (ou nem tanto) de ter grande memória. minha mãe costuma dizer que não é grande vantagem ter memória como a minha, na medida em que os outros não se lembram da maioria das coisas que eu lembro. logo, se quiser, posso inventar, distorcer, fantasiar que ninguém vai me contestar. vê lá se isso é comentário de mãe...

a professora ecléa bosi, da psicologia da usp, desenvolveu um trabalho lindo sob o título "memórias de velhos" e vejo com ânimo o interesse crescente das pessoas e das instituições pela reconstitução dos fatos. até mesmo a literatura começou a olhar a questão com olhos menos preconceituosos, dando espaço para o chamado memorialismo nas estantes.

e então criaram os blogs, esses espaços tão nossos e tão de todos, que se prestam tão bem a colher essas impressões, fatos cotidianos, lembranças.

sabe o que me motiva muito a escrever essas "coisas da vida", tão prosaicas e potencialmente tão reflexivas? um pouco, claro, é a discussão e a troca imediata que isso gera para mim. mas, aquariana que sou, vejo meu blog sendo lido daqui cem anos, por uma geração que não vou conhecer nesta vida, e que pode ter pistas do que foi esse nosso começo de século 21. sempre me vêem à mente esses escafandristas virtuais e acho que estou lhes facilitando o trabalho.

ainda que eu pense, nas muitas vezes: será que ainda haverá internet em 2106?

seja bem vinda à blogosfera, querida joana!

Anônimo disse...

Queridissíma 'Ogro Preferido', você tem razão, pra que tanto espaço se não há tanto...

Lembro de um professor de Biologia do nosso saudoso Oficina que sempre dizia: Ao contrário do que muito se pensa por aí nosso cerebro se ocupa bem mais em esquecer do que em lebrar das coisas, por exemplo, alguém lembra da cor da calcinha que tá usando? pois é...
Querido Cerebro, obrigada por 'esquecer' tanta coisa, senão ia ter um monte de gente cheia de soco e vazia de dentes por aí?
Lembra ( Arghhh, trocadilho infame esse 'lembra')


BjuXXxx MigUxus

Anônimo disse...

recordaçao n me serve de muita coisa... acho q n presto muita atençao ao passado...
acho q o lance é "vamo em frente q atras vem gente!"

efim, sei la!


bjo!

Anônimo disse...

Queremos mais! (em coro)

Anônimo disse...

taí gostei!! ipiri piri

Anônimo disse...

Muito querida afilhada , so hoje consegui acessar o seu blog. MUUUUITO BOM!!!!!Quanto orgulho!!!
Nem tudo esta perdido, so o meu teclado que odeia acentos,pontos, encontros....Abraco voce

Anônimo disse...

Eu me lembro de voce,pequena, linda, a olhar sobre os oculos...alem dos oculos, muito alem....

Anônimo disse...

Tia Teca Disse,

minha querida jojo, aaaaaammmmmeeeei!
(imitando Goretti), mas não se esqueça que eu tenho uma memória muuitooo grande e perigosa segundo PB, pois mulher com memória é sempre um perigo pois é dificil conviver com alguém que tem memórias de 1973 e etc.Não quero meu nome em boca de Matildes.